ANEEL aprova reajuste tarifário da Light
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça-feira (12/3), durante reunião pública, reajuste nas tarifas dos consumidores atendidos pela Light Serviços de Eletricidade S.A. Os novos percentuais entram em vigor a partir de 15/3.
A empresa atende 3,8 milhões de unidades consumidoras localizadas na capital e em 31 municípios do Rio de Janeiro.
Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais.
Confira abaixo os índices que serão aplicados:
Empresa | Consumidores residenciais – B1 |
Light | 11,45% |
Empresa | Classe de Consumo – Consumidores cativos | ||
Baixa tensão em média | Alta tensão em média (indústrias) | Efeito Médio para o consumidor | |
Light | 11,52% | 10,20% | 11,12% |
O índice de reajuste da Light S.A foi influenciado pelo impacto do risco hidrológico na gestão da aquisição de energia, com a compensação dos valores de compra de energia não considerados no valor médio concedido na tarifa (CVA Energia) definida no último processo tarifário. Ou seja, a distribuidora teve ao longo do ano passado custos mais altos do que o previsto na tarifa para aquisição de energia, e que foram incorporados ao processo tarifário deste ano.
A bandeira tarifária contribuiu para reduzir em 3,27% o índice final do reajuste da Light S.A.
A desoneração das tarifas de energia é uma das prioridades da diretoria da ANEEL. Mas esse objetivo exige esforços de diversos setores e não apenas do órgão regulador. O diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, salienta que as contas de luz são impactadas por um tripé composto por custo de geração da energia, impostos e subsídios bancados pela tarifa. “É uma agenda multilateral que precisamos implementar para alcançar a modicidade tarifária”, disse Pepitone.
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
Fonte: ANEEL.