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Aneel quer adequar regulamentos à hidrelétricas reversíveis

A Aneel pretende, a partir do segundo semestre, dar início a dois projetos de regulação que interessam aos segmentos que defendem a construção de hidrelétricas reversíveis no Brasil como alternativa para aumentar a segurança e confiabilidade operacionais do sistema elétrico, na esteira da expansão das fontes renováveis intermitentes.

Segundo Isabela Vieira, assessora técnica da diretoria da agência, entre julho e dezembro será aberta a Consulta Pública para rever a Resolução Normativa nº 697/2015 que regulamenta a prestação e remuneração de serviços ancilares ao sistema. A informação foi dada durante webinar promovido pelo Gesel/UFRJ.

Definir a remuneração adequada destes serviços é considerado um ponto básico para viabilizar as usinas.

A revisão da RN 697/2015 é o item nº 39 da Agenda Regulatória da Aneel para o biênio 2020/2021 e antes da pandemia da Covid-19 tinha a abertura de Consulta Pública prevista para o primeiro semestre deste ano. O outro item a ser regulamentado, até o final do próximo ano, trata de “Adequações regulatórias para inserção de sistemas de armazenamento, incluindo usinas reversíveis, no Sistema Interligado Nacional”.

As reversíveis disputam com outras alternativas, como as baterias de armazenamento e a energia de hidrogênio, a demanda por complementação da nova geração renovável. Sendo de maturação lenta – estima-se em nove a dez anos entre projeto e construção – e de preço de construção alto, sua adoção no Brasil vai depender do estímulo trazido pelas regras de mercado. O preço-horário, previsto para vigorar a partir de janeiro de 2021, é uma dessas regras.

O coordenador de Geração e Mercados do Gesel, Roberto Brandão, que também coordena o estudo das reversíveis, disse que está sendo iniciada na UFRJ a aplicação de um software trazido da Austrália que pode auxiliar na solução do dilema dos custos e benefícios dessas usinas.

Fonte: Brasil Energia.