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Baixo nível dos reservatórios leva comitê a manter acionamento de termelétricas na região Sul

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico decidiu nesta quarta-feira (9) manter a adoção de medidas adicionais na região Sul para preservar o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Desde o final de fevereiro, as medidas excepcionais — como o acionamento de usinas termelétricas, mais caras, e a importação de energia da Argentina e do Uruguai — estão suspensas nos outros subsistemas do país (Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste) devido à melhora do nível dos reservatórios observada nas três regiões.

Porém, na avaliação do comitê, o cenário no subsistema Sul ainda requer atenção em razão das condições hidrológicas desfavoráveis.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios da região Sul fecharam o mês de fevereiro com 28,13% da capacidade de armazenamento, o segundo pior resultado para o mês desde 2000.

“Para os próximos dias, a expectativa é de redução das chuvas, com maior concentração de precipitações no Sul do País, região que tem enfrentado condições mais adversas de atendimento, refletidas em baixos armazenamentos nos reservatórios das usinas hidrelétricas”, apontou o comitê.

Apesar da situação na região Sul, o comitê destacou em nota que o armazenamento dos reservatórios do país alcançou 63,6% nesta terça-feira (8).

Desde 26 de fevereiro, existem limitações ao acionamento das térmicas na região Sul. Só podem ser acionadas usinas com custo de até R$ 375,66 por megawatt-hora (MWh), e, em casos excepcionais, aquelas com custos mais elevados.

Também há limite máximo mensal de contratação das termelétricas e da eventual importação de energia: 8 mil MW médios.

Em nota, o comitê também informou que a navegabilidade da hidrovia Tietê-Paraná será retomada. No auge da crise hídrica, o governo restringiu a operação de hidrelétricas localizadas na bacia do Rio Paraná numa tentativa de preservar os usos da água, como a navegação em rios.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico é presidido pelo Ministério de Minas e Energia e integrado por representantes do ministério, da Agência Nacional de Energia Elétrica, da Agência Nacional do Petróleo, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, da Empresa de Pesquisa Energética e Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Fonte: G1.