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Distribuidoras devem ficar sobrecontratadas até 2025, avalia CCEE

CCEE ainda vê sobrecontratação de distribuidoras até 2025 e a separação entre lastro e energia precisa ter o debate com olhar sobre essa questão. Na avaliação do presidente do conselho de administração da CCEE, Rui Altieri, é preciso analisar como adotar a separação entre lastro e energia, um dos principais pontos da modernização do setor elétrico, considerando que o modelo atual estabelece que as distribuidoras tenham 100% de lastro.

A migração para o mercado livre continuará a ser forte, avalia, o que pressionará a sobrecontratação das empresas. Altieri, que que participou da abertura do Agenda Setorial 2021, realizado pelo CanalEnergia nesta segunda-feira (26/04), vê avanços em andamento, como a troca de térmicas mais caras por outras mais modernas, mas entende que ainda existem temas passíveis de evolução, como a segurança do mercado.

Com três notas técnicas já divulgadas e com uma quarta perto da conclusão, a CCEE já apresentou propostas que dependem de análise e aprovação pela Aneel. Altieri pediu publicamente a Pepitone no evento que a Aneel avalie as propostas da câmara.

Sem risco de racionamento

Também participante do Agenda Setorial, o diretor-geral do ONSLuiz Carlos Ciocchi, disse que não há risco de falta de energia, ainda que o cenário hidrológico continue adverso, com cerca de 45% de armazenamento médio dos reservatórios das hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Para Ciocchi, a situação é de normalidade, com a entrada da “estação dos ventos”, no período seco, com maior geração eólica no Nordeste, apesar do país estar vivendo a pior afluência da série histórica.

“Estamos pilotando com atenção, a situação é delicada, mas não existe a menor possibilidade de racionamento de energia”, disse Ciocchi. Ele recordou que as usinas térmicas estão gerando fora da ordem de mérito desde setembro de 2020. Nesse sentido, Altieri, da CCEE, completou ao afirmar que “despacho fora da ordem de mérito sempre vai ocorrer”. Para ele, o importante é trocar usinas ineficientes por outras mais baratas e modernas.

Fonte: Energia Hoje