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NOAA confirma final do La Niña depois de três anos

O La Niña está oficialmente terminado. É o que atesta o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) em seu comunicado. A constatação já era esperada, pois em março havia a indicação de que a tendência era de se chegar ao final, seguindo os pontos de aferição da temperatura oceânica, conforme revelou a Climatempo.

No dia 15 de março, a confirmação veio, e mais, com a possibilidade de que a situação migre da atual neutralidade para o El Niño, relatou a meteorologista Ana Clara Marques da Climatempo.

“O mês de fevereiro foi perdendo força e oficialmente na última semana o NOAA decretou o final. Mas, ainda demora um tempo até o oceano aquecer, então, apesar disso, ainda vamos ver a influência até o inicio de abril. Então, só a partir do mês que vem que teremos uma percepção da neutralidade atmosférica até o inverno com uma virada para a condição de El Niño”, comentou a meteorologista em sua participação.

Como já é de conhecimento, o efeito do El Niño para o sul do Brasil é caracterizado por um período mais chuvoso, que deverá aliviar a recente seca pela qual a região passa. E no sentido contrário, no Norte e Nordeste há um cenário mais seco ante o que vem ocorrendo, o que traz possibilidade de retomada de ventos e consequentemente mais geração eólica nessa região onde estão os maiores volumes de potência instalada da fonte de geração a partir da força dos ventos.

“Há perspectiva de termos uma boa safra de ventos e efeitos perceptíveis entre a primavera e o verão”, acrescentou.

Segundo o comunicado da entidade norte-americana, durante fevereiro de 2023, as temperaturas abaixo da média da superfície do mar enfraqueceram e atualmente persistem apenas no Oceano Pacífico central. O mais recente índice Niño-3.4 semanal aponta um valor de -0,2ºC. Em contraste com o Pacífico central, em partes do Pacífico oriental onde estiveram significativamente acima da média.

E mais, aponta que no mês passado, as temperaturas médias da área subterrânea ficaram ligeiramente acima da média, com anomalias positivas de temperatura abrangendo o Pacífico, embora permanecendo principalmente em profundidade. E continua ao afirmar que as anomalias da circulação atmosférica no Pacífico tropical estão atrasadas em relação às mudanças na oceano. Anomalias de vento de leste de baixo nível continuam sobre o Oceano Pacífico central. Nível superior as anomalias do vento de oeste eram evidentes na maior parte do Pacífico. A convecção suprimida persistiu sobre o Pacífico tropical central, enquanto a convecção intensificada foi observada sobre a Indonésia.

E aponta que “durante a primavera é previsto El Niño se formando durante o verão de 2023 e persistindo até o outono. Em contraste, o consenso dos meteorologistas favorece ENSO-neutro até o verão de 2023, com chances elevadas de El Niño se desenvolvendo depois. As menores chances de El Niño em relação às previsões do modelo são principalmente porque as previsões ENSO feitas durante a primavera são menos precisas, e também a atmosfera tropical do Pacífico ainda é bastante consistente com um estado frio/tipo La Niña. No entanto, é possível que o forte aquecimento perto da América do Sul possa pressagiar uma evolução mais rápida em direção a El Niño e será monitorado de perto. Em resumo, La Niña terminou e ENSO-neutro espera-se que as condições continuem durante a primavera do Hemisfério Norte e início do verão 2023”.

Fonte: Canal Energia.