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Novo modelo comercial para Itaipu

Em uma revisão do tratado C de Itaipu, o MME pode optar por uma alternativa mais de mercado para a comercialização de energia da hidrelétrica de 14 GW (7 GW do lado brasileiro). “É viável que outras distribuidoras tenham acesso, não só as do Sul, SE e CO. Ainda não há definição mas entendemos possível que a energia seja direcionada também para o ambiente livre, além de outras distribuidoras. Estamos bem engajados, 2023, em termos de setor elétrico, já é amanhã. Ainda mais sendo uma parcela significativa do portfólio de compra das distribuidoras” diz o secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp.

Ele admite que, com o aumento de consumo no Paraguai, a tendência é uma disponibilidade menor de sobras para o Brasil adquirir do país vizinho. “Mas o mais importante é discutir o modelo de como será comercializada. Temos hoje a preferência por tratar como energia de mercado, mas ainda haverá essa definição se será por cota ou por preço de mercado”, comentou o secretário durante webinar promovido pela MegaWhat na quarta-feira (27/05).

Eletrobras e pautas no Congresso

A discussão é mais uma entre as urgências que o MME toca para além do socorro emergencial contra os efeitos da pandemia de Covid-19, diz Limp. Aliás, a expectativa é que a primeira parcela de financiamento a ser contratado pela conta-Covid esteja disponível para distribuidoras ainda em junho. A capitalização da Eletrobras, assim como solução para o GSF e a modernização do setor não deixaram de ser pautas prioritárias, afirmou o secretário. “Precisamos ter liquidez nesse mercado e não temos por causa do GSF. A sobrecontratação afeta ainda mais os agentes do setor, que podem liquidar sobras no curto prazo, mas sem o recebimento dos créditos (com liminares impedindo o rateio do GSF)”, comenta.

Sobre o PLS 232, que, entre outras mudanças, amplia o mercado livre para todos os consumidores e aguarda análise no plenário do Senado, Limp diz que há diálogo e receptividade, mas que o Congresso tem “sua dinâmica própria”.

Fonte: Brasil Energia.