• (41) 3012-5900
    contato@smartenergia.com.br

OMM: La Niña 2020-2021 terminou, mas temperaturas seguem altas

 

  • Em novo comunicado, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que, com o fim do fenômeno, os níveis de temperatura devem ficar acima da média entre junho e agosto, especialmente no hemisfério norte.
  • Para o secretário-geral da OMM, o fim do La Niña em maio “significa que 2021 teve um início relativamente bom, pelos padrões recentes.” Ele afirmou, no entanto, que “isso não deve levar a uma falsa sensação de segurança de que há uma pausa na mudança climática.”
  • Segundo a OMM, todos os eventos climáticos naturais acontecem agora em um contexto da mudança climática, que está aumentando as temperaturas globais, exacerbando o clima extremo e alterando os padrões sazonais de precipitação.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou na terça-feira (1) que o evento La Niña 2020-2021 terminou e as condições neutras – nem La Niña, nem El Niño – devem dominar o Pacífico tropical nos próximos meses.

Segundo o comunicado da agência da ONU, as temperaturas do ar devem ficar acima da média entre junho e agosto, especialmente no hemisfério norte.

Previsões – Há uma chance de 78% de condições neutras no Pacífico tropical até julho, diminuindo para 55% em agosto-outubro, e com mais incerteza para o resto do ano.

O fenômeno La Niña refere-se ao arrefecimento em grande escala das temperaturas da superfície do oceano Pacífico equatorial, central e oriental, causando alterações na circulação atmosférica como ventos, pressão e precipitação.

Segundo a OMM, todos os eventos climáticos naturais acontecem agora em um contexto da mudança climática, que está aumentando as temperaturas globais, exacerbando o clima extremo e alterando os padrões sazonais de precipitação.

Mudança climática – Em comunicado, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, contou que “o La Niña tem um efeito de resfriamento global temporário, que normalmente é mais forte no segundo ano do evento.”

Taalas disse que o fim do fenômeno em maio “significa que 2021 teve um início relativamente bom, pelos padrões recentes.” Ele afirmou, no entanto, que “isso não deve levar a uma falsa sensação de segurança de que há uma pausa na mudança climática.”

As concentrações de dióxido de carbono permanecem em níveis recordes, impulsionando o aquecimento global. De acordo com novas previsões da OMM, há 90% de probabilidade de o ano mais quente já registrado acontecer entre 2021 e 2025.

Temperaturas – Com o fim do La Niña e as temperaturas do mar acima da média, as temperaturas do ar devem ser mais quentes do que a média de junho a agosto deste ano.

Isso deve acontecer em quase todo o hemisfério norte, em particular na parte centro-oeste de América do Norte, o extremo norte da Ásia, parte da Ásia Central e o extremo leste da Ásia, a Península Arábica e o norte do Caribe.

A costa sul da África Ocidental, a África Central e Oriental e partes do leste da América do Sul também devem ter temperaturas acima da média de junho a agosto.

As únicas exceções notáveis ​​à tendência de aquecimento acima da média estão no noroeste da Europa, sul da Ásia e parte norte da América do Sul, estendendo-se até o sul do Caribe.

Precipitação – A OMM também publicou previsões de precipitação para junho, julho e agosto.

Na maior parte do Oceano Pacífico, ao longo da linha do Equador, as probabilidades são maiores para chuvas quase normais.

No Caribe, muitas regiões da América do Sul, grande parte do norte do Mediterrâneo e sudeste da Europa, áreas da América do Norte central e ocidental, partes da África Central e a costa leste da África há maiores chances de precipitação abaixo do normal.

Por fim, há uma chance moderada a alta de chuvas acima do normal em zonas do norte da América do Sul, logo ao norte da linha do Equador, e nas regiões do norte do subcontinente indiano.

Fonte: Nações Unidas Brasil.