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Período seco começa com pior armazenamento no SE/CO desde 2015

A decisão anunciada na sexta-feira (30/04), último dia oficial do período úmido, pela Aneel de acionar a bandeira vermelha 1 no mês de maio, o que implica para o consumidor em um custo de R$ 4,169 por cada 100 kWh de energia consumidos, já era reclamada por especialistas como um alerta de que teremos muita termelétrica ligada para garantir o suprimento e não exaurir os reservatórios das hidrelétricas.

Os dados do ONS mostram que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), os maiores no conjunto e mais estratégicos na equação do Sistema Interligado Nacional (SIN), começaram maio com menos de 35% de armazenamento, algo que não acontecia desde 2015. No domingo (02/05), o armazenamento era de 34,64%, contra 33,77% seis anos antes.

Comprovando que a escassez veio para ficar, os números mostram que o melhor desempenho do armazenamento no SE/CO no começo do período seco entre 2015 e 2021 não chegou a 60% da capacidade, ficando em 57,6% em 2016 e 54,95% em 2020. Nos outros três anos, os números ficaram na casa dos 40%. E maio começou com previsão de afluências de apenas 67% da média de longo termo (MLT) para a primeira semana.

Para os demais subsistemas, que não têm o mesmo peso na geografia dos reservatórios que o SE/CO, o quadro é melhor, mas sem motivos para se soltar fogos. No Nordeste, segundo em capacidade de acumulação, o armazenamento em 02/05 era de 66,68%, quase 25 pontos abaixo dos 89,89% do mesmo dia de 2020.

No Sul, onde os reservatórios são pequenos, os 56,27% eram os melhores resultados desde 2018 e no Norte, a acumulação de 82,43% só era menor do que os 90,54% de 2 de maio de 2014.

Estimativas da PSR indicam que o baixo nível dos reservatórios pode fazer os Encargos de Serviço do Sistema (ESS) chegar a R$ 20 bilhões em 2021. Levantamento do EnergiaHoje apontou que neste ano, a arrecadação do ESS já ultrapassa a do ano passado.

Fonte: Energia Hoje