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Resiliência no mercado livre de energia

Enquanto o consumo de energia elétrica no país começa a se recuperar das quedas agudas observadas nos primeiros meses de restrições impostas pela pandemia de Covid-19, embora ainda apresentando contínua queda nas comparações anuais, o consumo de energia no mercado livre aumentou 1,7% em julho, na comparação com igual mês de 2019. A continuidade das migrações e as mudanças previstas aumentam a atenção para a segurança no ambiente livre.

A recuperação do ML em julho contrasta com a queda de 2,6% no consumo no mercado regulado em igual mês. No Brasil como um todo, o consumo caiu em média de 1,2% nas três primeiras semanas de julho, em relação ao ano passado, puxado pelo mercado regulado.

Para efeitos de comparação, em abril, mês em que houve a maior queda devido às medidas de combate à Covid-19, a retração chegou a 12,1% no SIN, com queda de 11,5% no mercado regulado e de 13,6% no livre.

Em julho, foi possível observar a retomada em cinco segmentos: bebidas (8%), saneamento (7%), químicos (3%), alimentos (3%) e minerais não-metálicos (2%). Outros setores ainda apresentam retrações expressivas, mas menos intensas do que as registradas nos meses de maiores restrições.

A análise do comportamento do consumo no primeiro semestre de 2020 entre ambientes regulado e livre, em MW médios, evidencia a recuperação mais rápida no ambiente livre (os dados de julho ainda não estavam disponíveis):

Mesmo em meio a pandemia, as migrações continuaram e ao longo de 2020, o ML registrou a maior média mensal de adesões de consumidores desde 2016. De janeiro a junho deste ano, cerca de 143 agentes por mês migraram para o ACL, ante média de 118 em 2019.

A CCEE contabilizou, ao final de junho, 7.812 consumidores habilitados para negociar no mercado livre. O volume é 22,9% maior do que o contabilizado no mesmo período de 2019, quando o segmento somava 6.142 consumidores. A análise já considera o desligamento de agentes durante esse período.

O resultado deste primeiro semestre é reflexo principalmente do crescimento de 25% no número de consumidores especiais (com carga entre 0,5 MW e 2 MW). Mas o volume de consumidores livres também cresceu, cerca de 9%.

Fonte: BrasilEnergia